Aviso de conteúdo: alossexismo; descrição de discriminação; linguagem potencialmente desencadeadora; menção a estupro corretivo, internação forçada, tortura, assassinato, abuso religioso, negligência médica, agressões sociais e violência institucional.
Acemisia (as vezes chamada de acefobia ou assexualmisia/assexualfobia) é a discriminação contra pessoas assexuais. Acemisia é fundado principalmente na ideia de que todes sentem ou devem sentir atração sexual de forma intensa, frequente e não-condicional. Exemplos de ações acemísicas:
- Estupro corretivo: assexuais serem forçades a terem relações sexuais com o objetivo de “corrgir” a assexualidade e justificativa de que “precisam aprender a sentir atração sexual”
- Internação compulsória: assexuais serem levades a força para clinicas psiquiatricas e submetides a terapias de eletrochoque ou tortura psicológica
- Assassinato: assexuais serem mortes porque dizem que não sente atração sexual e ê assassine mata elu porque considera isso uma afronta (seja a si mesme ou a estrutura social vigente)
- Expulsão e abandono: assexuais serem expulses de casa porque sues cuidadores acreditam que assexualidade é “rebeldia” ou que isso tornará elu gay (nessa última justificativa, além de acemisia também é heterossexismo)
- Uniões forçadas: familias ou culturas imporem casamentos para garantir que a pessoa cumpra “seu papel na sociedade” e sinta atração sexual em algum momento
- Tortura sexual: assexuais serem mantides em cativeiro e submetides a estupros corretivos contínuos para "consertar" sua falta de atração sexual
- Abuso sistemático: assexuais serem punides fisicamente por seitas ou cultos religiosos
- Negligência médica: assexuais serem impedides de terem a acesso a acomodações de saúde (especialmente urologia e ginecologia) pela justificativa de que elus não tem hormonios sexuais por não sentir atração sexual, dessa forma, não seria possivel atende-le.
“Acemisia social/‘individual’”[]
- Dizer que pessoas assexuais só são assexuais porque ainda não encontraram a pessoa certa
- Zombar ou ridicularizar a assexualidade (“você sente atração pela letra ‘a’?”, “isso é só frescura”, etc.)
- Insistir que assexualidade é só uma fase
- Tratar assexuais como coitades e expressar pena por elus como se ser assexual fosse o fim do mundo
- Assumir que assexualidade é celibato, como se fosse apenas uma escolha moral
- Pressionar assexuais a assistirem pornografia ou outro tipo de conteúdo erótico (como se isso tornassem elus “menos assexuais”)
- Dizer que você pode “consertar” sue parceire assexual
- Acusar assexuais de estarem fingindo, como se fosse apenas uma desculpa para evitar sexo (mesmo que não seja um problema a pessoa não querer fazer sexo)
- Terminar um relacionamento de forma cruel porque a pessoa é assexual, como se a falta de atração sexual tornasse alguém indigne de amor
- Tentar fazer a pessoa sentir ciúmes de propósito para ver se a assexualidade "desaparece" quando há medo de perder ê parceire
- Comentários tipo “você só não sente atração sexual porque ninguém quer você”
- Considerar pessoas assexuais frias ou distantes porque elas não demonstram sentir atração sexual
- Excluir pessoas assexuais de conversas sobre relacionamento ou sexo tratando-as como estranhas
- Achar que pessoas assexuais têm disfunção sexual
- Fazer fofoca sobre a falta de atração sexual de pessoas assexuais
- Achar que assexualidade é só uma modinha ou invenção da internet
- Fazer comentários ofensivos sobre assexualidade
- Assumir que assexuais são necessáriamente anti-sexo ou indiferentes, averses ou com repulsa a sexo
- Dizer que assexuais não sofrem “opressão de verdade” (seja lá o que isso significa)
- Achar que pessoas assexuais são intrusas na comunidade LGBTQIAPN+ ou que só querem ser diferentes
- Ignorar a assexualidade de discussões sobre sexualidade
- Tratar assexuais como “menos importantes” na comunidade queer
Acemisia estrutural/institucional[]
- Não haver a inclusão da assexualidade em leis de proteção a minorias sexuais
- Assexualidade ser motivo de inadequação para adoção
- Terapias de conversão serem legais ou descriminalizadas
- Falta de reconhecimento legal da violência contra assexuais
- Não haver políticas contra discriminação no local de trabalho
- Exclusão da assexualidade como categoria reconhecida em censos e pesquisas demográficas
- Exclusão de pessoas assexuais de programas de diversidade e inclusão governamentais
- Processos de asilo para refugiades LGBTQIA+ que não reconhecem a assexualidade como motivo legítimo de perseguição
- Assexualidade ser considerada uma doença ou neuro/psicodivergência
- Assexuais serem pressionades por médiques a “tratarem” sua orientação, como por meio de hormônios ou outros medicamentos desnecessários
- Falta de treinamento adequado para entender a orientação assexual para profissionais da saúde
- Assexualidade ser considerada necessariamente “resultado” de traumas ou psicodivergências
- Desconsideração do bem-estar assexual em pesquisas sobre sexualidade e saúde mental
- Exclusão de assexuais de campanhas de saúde sexual
- Ambientes corporativos frequentemente favorecerem pessoas que participam de interações sociais e networking baseados em atração sexual.
- Discriminação no recrutamento e promoções, como deixar de recrutar alguém porque ela mencionou ser assexual ou pela suposição de que ela é assexual
- Assédios a pessoas assexuais serem vistos como menos problemáticos (por não "reagirem" da mesma forma, suas queixas podem ser menos levadas a sério)
- Planos de sexuais ou benefícios trabalhistas para casais exigirem atração sexual mútua ou se limitarem a casais sexuais
- Ambientes de trabalho que favorecerem a cultura da atração sexual
- Assexualidade não ser incluída em politicas de diversidade de empresas
- O ensino sobre sexualidade pressupor que todes sentirão atração sexual e que isso é uma parte obrigatória da vida
- Falta de representação e visibilidade sobre assexualidade nos currículos escolares
- Pressão social para ter ume smush (“crush sexual”)
- Assexualidade ser motivo de zombaria por parte de colegas e até professories
- Assexualidade ser vista como castigo karmico ou pecado
- Assexuais serem submetides a rituais ou orações para "despertar sua sexualidade”
- Ausencia de personagens assexuais na midia
- Hiperssexualização da sociedade através da midia (quase até como se o objetivo fosse despertar atração sexual na audiência)
- Assexuais serem retratades como fries, viciades em internet, traumatizades, incapazes de amar, etc.
- Falta de espaços para conteúdos focados em assexualidade/experiências assexuais
- Narrativas assexuais serem desvalorizadas porque “não haverá audiência”
- Redes sociais favoresserem conteúdo hiperssexualizado
- IA e assistentes virtuais projetades para presumir que ê usuárie sente atração sexual
- Sistemas de recomendação de conteúdo favorecendo pessoas que sentem atração sexual