A monossexualidade, ou as sexualidades monossexuais ou apenas sexualidades mono é o conjunto de sexualidades (identidades sexuais) de pessoas que sentem atração sexual por um único gênero.
A monossexualidade pode ser composta por:
- Heterossexualidade
- Homossexualidade
- Androssexualidade (se a atração for só pelo gênero masculino)
- Ginessexualidade (se a atração for só pelo gênero feminino)
Também pode incluir outras sexualidades, como demissexualidade, graysexualidade e lithossexualidade, se as pessoas dessas identidades sentirem atração sexual por um único gênero. Depende muito da pessoa.
Uma breve história do termo “monossexualidade”
http://bitraduzido.tumblr.com/post/129610350008/uma-breve-hist%C3%B3ria-do-termo-monossexualidade
Traduzido do site Radical bi.
Acessado em 22/09/2015
(Me perguntaram isso em outro lugar e imaginei que outras pessoas poderiam achar útil)
O uso moderno da palavra “monossexual” foi inventado junto com “bissexual” por cientistas europeus no fim do século 19 e início do século 20. Até então, “bissexual” significava ter uma combinação de características anatômicas masculinas e femininas, ou a falta de diferenciação clara entre essas características. Depois, quando bissexualidade se tornou “ter características psicológicas masculinas e femininas” (como Freud usou), “monossexualidade” significou ter característica psicológica de apenas um “sexo”. Sob essa estrutura, bissexualidade veio a ser entendido também como uma forma de atração: presumiu-se que as pessoas que tivessem características anatômicas sexuais de “ambos os sexos” também tinham características psicológicas de “homem e mulher”, o que significava que eles também teriam atração por “ambos os sexos”. Assumia-se que seu "lado masculino” deseja fêmeas e seu “lado feminino” desejava machos. Segundo essa definição, “monossexual” significava alguém com características anatômicas e psicológicas (”masculinas” ou “femininas”) claras, que é atraída por um “sexo”. Note que eles não faziam nenhuma diferença entre sexo, gênero e sexualidade. Eram considerados uma coisa só. Eles também usavam a linguagem binária de gêneros.
Esse termo também fazia um julgamento em particular: enquanto bissexualidade era firmemente conectada com imaturidade, “primitividade”, culturas que não fossem brancas ou euro-ocidentais (ou “selvagens”) e com animais, monossexualidade era firmemente associada com maturidade, avanço, humanidade “culta” (ocidental/europeu) e “branqueza”. Nessa estrutura, monossexualidade era claramente e explicitamente superior. Um pouco depois, nos anos 90, os movimentos bissexuais nos Estados Unidos e Reino Unido usaram o termo num contexto similar mas diferente. Obviamente, o significado de bissexualidade mudou consideravelmente (significava quase a mesma coisa que hoje - se referindo apenas ao desejo do que “anatomia de um sexo” ou “gênero psicológico”). Ativistas bi e escritores usaram para definir pessoas que se atraem por mais do que um gênero, como parte do diálogo político sobre opressão. Foi daí que eu tirei o termo e é na maior parte como faço uso. Eu mesma digo que mesmo assim, o termo encontrava criticismo dentro da própria comunidade, basicamente nos mesmos territórios de agora - que criou uma combinação injusta de gays e héteros, e criou uma dicotomia binária prejudicial.
Enquanto eu acho que esses criticismos têm pontos válidos, eu acho que nós podemos levá-los em consideração, e usar o termo de forma cuidadosa, sensível e dentro de um contexto, sem necessarimente cometer os mesmos erros. Eu acho que é um diabo de um termo útil para falar sobre opressão estrutural de pessoas bi, então eu acho que eu posso dizer que uso ele de forma tática para levantar esses problemas.