De acordo com o manifesto omnissexual:
A omnisexualidade é a atração por todos os gêneros, que comporta um vasto grupo de experiências e compreensões sobre sua sexualidade. [...] Omnisexualidade é uma identidade completa, que ocupa seu próprio espaço.
Diferença de omni e outras orientaçôes multi[]
Atualmente, omni e muitas outras orientações multi (como pan)podem ser usadas como sinônimos, mas existe uma grande distinção real entre elas para ser feita:[1]
Cada termo possui um grupo social em um certo contexto cultural alvo especifico, comunidades, lutas, bandeiras, reividicações e ativismo diferente. Neste contexto, a onissexualidade tem uma grande relevância e importância para o grupo social feminino inserido no contexto cultural do oriente médio e de forma alguma esse rótulo surge com o objetivo de invalidar outro, uma palavra não pode apagar a comunidade de outra (mesmo que possuam a mesma definição).
De forma alguma a proposta da omnisexualidade é apagar ou substituir outras multisexualidades. Apagar a omnisexualidade não é somente apagar a identidade de diversas pessoas, mas também sua história.
A nossa comunidade ainda é jovem e conta com a presença da internet para que possarmos nos unir, porém isso não nos torna menos válides e menos importantes dentro da comunidade LGBT. Possuímos quanto comunidade uma grande diversidade, assim como apoiamos todes aquelus que fazem parte do a-aespec, aquelus que utilizam neo/xenopronomes e todas as identidades de gênero.
O que nós pedimos é que não nos limitem a utilizar de rótulos mais conhecidos e forcem uma visão sobre nossa sexualidade baseando-se em outras; que nós possamos expressar nossa sexualidade da forma que melhor nos condiz e, acima de tudo, ocorra o respeito e a união entre as comunidades multi contra qualquer tipo de preconceito direcionado às sexualidades dentro do guarda-chuva multisexual. (Manifesto Omnisexual, 2021)
Manifesto Omnissexual[]
A postagem original do manifesto omnissexual foi deletada, mas ela pode ainda ser encontrada aqui
Após uma onda de desinformação sobre a omnisexualidade começou a ser propagada, causando confusões a respeito da proposta da omnisexualidade e a exclusão de pessoas omnisexuais, se deu por necessário revindicar nosso espaço.
A omnisexualidade é a atração por todos os gêneros, que comporta um vasto grupo de experiências e compreensões sobre sua sexualidade.
A falsa ideia que nossa sexualidade surgiu por meio do Tumblr é comumente usada como razão para excluir e invalidar nossa comunidade. Nosso termo é citado pela primeira vez em "The Holy Barbarians" (Lawrence Lipton, 1959). O termo omnisexual também teve sua importância no Oriente Médio, utilizado para descrever a sexualidade feminina. A omnisexualidade como é definida atualmente é citada em "Sexual Choices: An Introduction to Human Sexuality" (1981).
Omnisexualidade é uma identidade completa, que ocupa seu próprio espaço. De forma alguma a proposta da omnisexualidade é apagar ou substituir outras multisexualidades. Apagar a omnisexualidade não é somente apagar a identidade de diversas pessoas, mas também sua história.
A nossa comunidade ainda é jovem e conta com a presença da internet para que possarmos nos unir, porém isso não nos torna menos válides e menos importantes dentro da comunidade LGBT. Possuímos quanto comunidade uma grande diversidade, assim como apoiamos todes aquelus que fazem parte do a-aespec, aquelus que utilizam neo/xenopronomes e todas as identidades de gênero.
O que nós pedimos é que não nos limitem a utilizar de rótulos mais conhecidos e forcem uma visão sobre nossa sexualidade baseando-se em outras; que nós possamos expressar nossa sexualidade da forma que melhor nos condiz e, acima de tudo, ocorra o respeito e a união entre as comunidades multi contra qualquer tipo de preconceito direcionado às sexualidades dentro do guarda-chuva multisexual.
Contexto histórico[]
Terminologia[]
Junção do prefixo omni- (elemento do idioma latim, formador de palavras que significa "todos", combinando a forma de omnis: "todo, tudo, o todo, de todos") + sexual (algo relativo ou pertencente ao sexo).
Criação do termo[]
Em 1878, Machado de Assis, um renomado escritor brasileiro do século XIX, fez um dos primeiros usos conhecidos até o momento em língua portuguesa dos termos "omnisexual e omnimodo" para sua crítica ao romance "O Primo de Basílio", de Eça de Queirós. A crítica foi publicada no jornal de época, "O Cruzeiro", que, em 16 de abril de 1878, estamparia uma crítica assinada por Eleazar, pseudônimo de Machado de Assis, na capa do Jornal. Machado de Assis classifica o naturalismo e a falta de filtro sexual presente no romance como “reminiscências e alusões de um erotismo que Proudhon chamaria onisexual e onímodo”.[2]
A omnissexualidade é documentada também em "The Holy Barbarians", de 1959, do poeta beat e jornalista Lawrence Lipton, com as formas omnissexual e omnisex registradas na década de 1970. Toda via, a definição era completamente diferente da de hoje em dia.
O sentido atual deste rótulo só foi surgir em um texto de 1984, "Sexual Choices: An Introduction to Human Sexuality", o autor descreveu a omnissexualidade como um estado de atração por todos os sexos, afirmando que 'alguns pesquisadores' acreditam que todo indivíduo nasce omnissexual antes de se rotular heterossexual, homossexual ou outras orientações.
No oriente-médio, onde esta sexualidade é mais frequentemente usada, alguns artigos tratam da omnissexualidade:
Alguns escritos islâmicos falam sobre o tema espúrio da sexualidade feminina (ou omnisexualidade) e tentação. É opinião considerada de muitos ideólogos islâmicos que os homens são eminentemente suscetível a iscas femininas; diz-se que a mera presença de mulheres prejudica os homens o que liga textos eróticas, que definem as mulheres como omnissexuais desenfreadas insaciáveis, O Sabbah afirma que, no discurso erótico, a mulher omnissexual subverte o socialismo muçulmano pedido... (1987–1988)
O termo apareceu mais uma vez no início dos anos 1990, quando M. Jimmie Killingsworth analisou o poeta Walt Whitman. No estudo de Killingsworth, ele descobriu que Whitman criou um personagem omnissexual em "The Leaves of Grass".
Em 2003, no livro "The Queer God", sobre teologia queer, Marcella Althaus-Reid descreve Deus como uma entidade não apenas não-habitual mas também omnissexual, além das categorias multitudinais onipotente e onipresente. Na década de 2010, The Atlantic notou que a sua poesia expressava sexualidade para todos os gêneros.
É possivel encontrar uma postagem no Tumblr de usuárie "victimofrebellion" sobre a omnissexualidade, omnirromanticidade e omnigênero, dizendo que a identidade omni "cobre muites mas não todes". Atualmente, a conta está desativada.
A partir do inicio da década de 2010, com famosos se assumindo abertamente pansexuais, criou-se uma maior flexibilidade para falar sobre multissexualidades. A internet permitiu criar, fortalecer e debater em fóruns online comunidades para estas pessoas.
Referências[]
- ↑
- Omnisexual Meaning | Understand This Sexual Orientation - Dictionary.com
- The Queer God
- What is Omnisexuality? A Brief History - LGBTQ and ALL
- Women, Work, and Ideology in the Islamic Republic
- Gender, sexuality and power in Arab society: Arab feminist criticism of discourse and social order
- Virginity and Asexuality
- Study of Middle Eastern Women: Investments, Passions, and Problems
- Omnisexualidade versus pansexualidade e bissexualidade - uma revisão
- Class and Patriarchy as Competing Paradigms for the Study of Middle Eastern Women
- Omnisexual and Polysexual Timelines
- Manifesto Omnissexual
- ↑ https://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=238562&pasta=ano%20187&pesq=proudhon&pagfis=657