Nota: Para outras sexualidades monodissidentes, veja Plurissexualidade.

Simbolo da comunidade pan
A pansexualidade é uma identidade não-monossexual. De acordo com o manifesto pansexual:
A pansexualidade é a atração por pessoas independentemente de gênero. Independentemente de como as pessoas se apresentam ao mundo. Etimologicamente, o termo “pansexual” é a junção do prefixo grego “pan” (que significa “tudo”/“todos”) com a palavra “sexual”, ou seja, pansexual é a pessoa cujo se atrai por todos os gêneros.[1]
Mesmo que pansexuais sempre sintam atração por todos os gêneros. Isso não implica necessariamente que a atração seja distribuída de forma uniforme entre esses gêneros. Assim como qualquer pessoa, panorientades podem sentir mais atração por certos gêneros do que por outros.
Preferência ou nivel de atração não invalida o rótulo de alguém, a identidade pan continua sendo uma orientação válida, mesmo que alguém sinta-se mais atraído por um determinado gênero em particular. A atração é uma experiência pessoal e subjetiva, e não há uma maneira "correta" de ser pansexual.
Manifesto panssexual[]
A pansexualidade é a atração por pessoas independentemente de gênero. Independentemente de como as pessoas se apresentam ao mundo.
Etimologicamente, o termo “pansexual” é a junção do prefixo grego “pan” (que significa “tudo”/“todos”) com a palavra “sexual”, ou seja, pansexual é a pessoa cujo se atrai por todos os gêneros.
Pansexualidade não tem nenhuma ligação com a teoria do “pansexualismo” de Sigmund Freud. Essa teoria, que surgiu no início do século passado, em 1915, consiste em um “comportamento mental” que volta TUDO ao sexual. A pansexualidade é uma orientação sexual, que se relaciona com pessoas de todos os gêneros e não com tudo ou todos que nos cercam.
Com essas definições afirmamos que: não toleraremos qualquer invalidação, definição e/ou representação da pansexualidade por pessoas ignorantes, mesmo dentro da própria comunidade. Muitas suposições a respeito do que é a nossa sexualidade são feitas através de desinformações e opiniões preconceituosas.
Nossas atrações não estão ligadas a objetos e/ou a plantas. Assim como não estão ligadas a animais, crianças, pessoas mortas ou qualquer relação sem consentimentos. Nossa sexualidade não tem nenhuma relação com distúrbios, patologias e/ou crimes. Nós não nos atraímos por tudo. Estamos exaustos de sermos alvos de “piadas” e/ou chacotas, não é engraçado. É panfobia.
A pansexualidade NÃO simboliza a obsessão por sexo e não é sinônimo de poliamor¹. Uma pessoa pansexual pode ser monogâmica, pode ter relacionamentos abertos, pode ser poli amorosa, mas não é uma regra para nos relacionarmos. Não nos compare com promiscuidade, infidelidade e/ou irresponsabilidade afetiva. Esses comportamentos ultrapassam qualquer orientação sexual e estão ligados exclusivamente ao caráter individual do ser humano.
Lutamos pelo simples direito de nos relacionarmos com pessoas, indo contra as imposições da sociedade cisnormativa, heteronormativa e monossexista² que vivemos. Lutamos pelo direito de liberdade que uma visão para além do gênero permite dentro de uma relação afetiva e/ou sexual. Lutamos para que pessoas se sintam pertencentes e dignas, diante de uma população historicamente opressora e ignorante com relação a sexualidades e a diversidade de gêneros.
Estas e outras convicções são em partes e/ou as mesmas de várias sexualidades fluídas para além do monosexual, principalmente a bissexualidade. Assim como a pansexualidade, a bissexualidade é um todo, é uma identidade fluída, que desde sua consolidação luta para o reconhecimento e validação como uma sexualidade que também se atrai independentemente de gênero. Ambas lutam contra o mesmo sistema e a mesma sociedade cisnormativa, heteronormativa e monossexista que nos violenta diariamente.
Não coloque a pansexualidade e a bissexualidade como rivais. Não coloque NENHUMA sexualidade como rival. Não existe sexualidade superior e/ou melhor que outras. Todas as sexualidades foram criadas para que as pessoas se sintam confortáveis e pertencentes a uma comunidade. E não poderia ser diferente com a bissexualidade e a pansexualidade, por isso não as diminuam.
Não negue o direito de existência da pansexualidade em virtude de outra sexualidade que luta pelos mesmos objetivos. Todas as sexualidades devem e precisam ser aliadas em razão do padrão de sociedade em que vivemos.
Estamos indignados com aqueles que insistem em invalidar nossas vivências, nossos posicionamentos, nossas convicções; Estamos cansados de ter nossas atrações associadas a desinformações, suposições e patologias; Exigimos respeito e que sejamos ouvidos, pois não toleraremos panfobia.[1]
Contexto histórico[]
Terminologia[]
Junção do prefixo pan- (que vem da palavra grega que significa tudo ou todos) + sexual.
Criação do termo[]
Freud criou o termo “pansexualismo” para estabelecer que todas as atitudes humanas seriam movidas pelos instintos sexuais. Porém, a teoria pansexualista não tem qualquer relação com a pansexualidade
Com o passar do tempo, principalmente da década de 1940, passamos a ver a comunidade queer dos estados unidos a adotar um outro significado a ela.
Esta orientação só começou a ficar mais popular no final dos anos 90 e inicio dos anos 2000 a partir de uma pequena matéria do jornal norte-americano "The New York Time's", como uma alternativa mais inclusiva para pessoas trans e genderqueer. Nesta época a comunidade queer dos Estados Unidos passou a interagir mais por correio, com o enfraquecimento das comunidades físicas locais. Assim, várias pessoas com experiências completamente diferentes em relação à comunidades LGBTQIAP+ começaram a interagir. Nestas interações, passamos a ver o termo sendo usado como uma resposta à desconstrução de ideias tradicionais sobre desejo e identidade, uma resposta à teoria queer e também um gesto de solidariedade e inclusão com as comunidades trans e genderqueers/não-binárias.[2][3]
Bandeira[]

Primeira proposta de uma bandeira do orgulho pansexual.
A bandeira pansexual, surgiu na internet por meados de 2010. Esta bandeira é constituída por 3 barras horizontais: margenta (representação da atração por pessoas do espectro feminino); amarelo (representação da atração por pessoas do guarda-chuva não-binário) e ciano (representação da atração por pessoas do espectro masculino). Porém, ultimamente ela vem sofrendo algumas criticas pois ê criadore dela apoia gays/lésbicas mspec e afirma que a bandeira também us representam; outros individuos argumentam que ela reforça estereótipos, trata "não-binárie" como terceiro gênero monólito trinário e apaga a ideia de "atração por pessoas de qualquer identidade".

Bandeira pansexual proposta por "guslinqer"
Por isto, nova bandeira pan foram criadas como a feita pelo usuário "gunslinqer". Esta bandeira apresenta três faixas horizontais: verde-água, amarelo pastel e amarelo avermelhado. A faixa verde-água representa o senso de pertencimento, a do meio sendo "atração independentemente de gênero" e a última listra fazendo referência ao empoderamento de gênero.

Extensão de 5 listras da bandeira feita por "guslinqer"
Existe uma versão extendida da mesma, sendo composta por 5 faixas: ciano—ciano-pastel—amarelo/dourado—laranja-pastel—amarelo-alaranjado. Seguindo as seguintes representações:
- Ciano: Atração por pessoas de gênero alinhado ao masculino
- Ciano-pastel: senso de pertencimento
- Amarelo/dourado: atração por pessoas não-binárias com alinhamento neutro/sem alinhamento/outro alinhamento.
- Amarelo-alaranjado: empoderamento de gênero
- Vermelho-alaranjado: Atração por pessoas de gênero alinhado ao feminino.
Leia também[]
- Atrações
- Atração sexual
- Sexualidades não-monossexuais
- Não-binaridade de gênero
- Sexualidades não-binárias
- Bissexualidade